Lisboa
é uma cidade bonita, pequena, segura, fácil de se locomover, fácil de gostar e mais fácil ainda de
engordar - ou, no meu caso, de estourar todas as taxas. Afinal,
quem resiste aos pasteis de nata? Ah, não ligou o nome à guloseima? É o pastel
de Belém, pois.
Uma
semana em Lisboa não é muito tempo, porém, mais do que isso voltaria rolando. É
pouco tempo se você quiser explorar mais a gastronomia, dado que você percorre
a cidade facilmente, escolhendo um rumo por dia. Fui com minha mãe e achamos foi tempo suficiente para
passear, comer bem e visitar lugares lindos e históricos.
Dividimos
a estada em cinco dias na cidade e dois em seus arredores, para os quais
dedicarei outro texto. Entretanto, ficamos sempre no mesmo hotel, pois os
passeios foram tipo bate-volta.
O ônibus turístico tipo hopon hop off é uma das
melhores invenções holísticas da humanidade! Você compra o tíquete para um ou
mais dias e fica rodando pela cidade, desce em alguma parada que te interessa,
aproveita durante o tempo que desejar, depois espera outro ônibus da mesma
rota, embarca e assim por diante. E, de bônus, há fones para você escutar sobre
cada região em que ele passa e/ou para.
Dia 1 - fomos pela linha Oriente (azul), ao longo do Rio Tejo até o Parque das Nações, que foi o anfitrião da Expo 98, parte mais moderna da capital; vimos o Zoo, o Casino, e o Oceanário, mas não descemos lá. Foi o dia de chegada e
estávamos exaustas. Deixamos o ônibus nos levar sem pressa para nada. Momento
de curtir a cidade e observar sua arquitetura e ruas. Descemos em um dos lugares
mais legais e turísticos da cidade: a Praça do Comércio. Lá almoçamos
especialidades portuguesas, visto que era domingo de Páscoa: bacalhau e vinho.
Dali, andamos um pouco e voltamos para nosso transporte para turistar pelo
resto dia.
Dia
2 - fomos pela linha Belém (vermelha), rota de outros pontos mega turísticos: Mosteiro dos
Jerônimos, Padrão dos Descobrimentos e Torre de Belém. Muito bom e lindo. Não
fomos à famosa loja (sempre lotada) dos pastéis porque fôramos em 2011. Mas, se
você quiser ir, ela fica muito perto do Mosteiro. Almoçamos em outro
ponto, depois turistamos mais. Nesse dia, jantamos na Praça do Rossio e de lá
fomos a pé até a Praça do Comércio, via Rua Augusta. Essa rua é deliciosa de
dia e de noite, pois é cheia de lojas, cafés e restaurantes. Paramos para comer
a sobremesa, um certo pastel de nata. Curtimos as vitrines das lojas já
fechadas, mas não resistimos e compramos quinquilharias nas lojas dos indianos.
Chegando à praça voltamos de táxi para o nosso hotel, que, aliás, era bem
localizado: na Praça Marquês de Pombal.
Dia
3 - fomos de táxi para o Oceanário. Aqui um parêntese antes de falar dos
passeios: Lisboa tem uma excelente linha de metrô, porém, como o táxi não é
caro (distâncias curtas variaram de 5 a 11 Euros) e a turista-mãe, apesar da
disposição de uma garota, tem os joelhos de 84 anos, optamos por não gastar as
pernocas nas escadas. O oceanário é fantástico! Vale a pena demais e a lojinha
deles é uma perdição com tantas coisas fofinhas. Dali fomos ao Museu Calouste Gulbenkian
cujo acervo nos encantou. Almoçamos por lá mesmo. Depois, rumamos para El Corte
Ingles, afinal, turistar também inclui ver "os lojinhas", né!?
À
noite, fomos ao Clube de Fado com excelentes músicos e cantoras.
Muito bom! A estrutura do restaurante também é boa.
Dia
4 - fomos a pé da Praça Marquês de Pombal até a Praça do Comércio, passando pela
lindíssima Avenida da Liberdade, Praças do Rossio e Restauradores e Rua
Augusta. Fomos bem devagar, parando, sentando, tomando café, fazendo pipi e
assim por diante. Na Rua Augusta teve paradinha básica para comer o Pastel de Bacalhau com Queijo Serra da Estrela acompanhado de uma tacinha de Vinho do Porto. Tinha cara e gosto de bolinho de bacalhau, mas se o nome é pastel, não
vamos brigar por isso. Até porque ele é tão maravilhoso que pode ter qualquer
nome... Enfim, já perto da Praça do Comércio, há uma loja de bebidas e
compramos um vinho do Porto para trazer. Na praça, há uma lojinha oficial de
artigos lindinhos para presente. De lá, ainda com a disposição de meninas, andamos
pela beira do rio até o Cais do Sodré e almoçamos. Táxi para o hotel e soneca, porque
ninguém é de ferro!
À
noite, encontramos minha querida amiga portuguesa, Ana, a qual conheci viajando
pela Irlanda. Ela nos levou ao restaurante da Serra da Estrela, dentro do shopping Amoreiras. Sem comentários, pois,
se ficar me lembrando do vinho e dos queijos, pego um avião agora!
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Elevador para Almada, Ponte 25 de Abril e Lisboa ao fundo |
Dia
5 - embarquei mamãe de volta para o Brasil e fiquei mais um dia em Lisboa até
voar para Nice, o que também vale outro texto. Do aeroporto de Lisboa, fui de
ônibus comum até o cais do Sodré e fui de barco para Cacilhas, lugar fofo e cheio de restaurantes especializados em frutos do mar. Não deixe de ver a Fragata D. Fernando II e Glória, datada do século XIX, foi a última fragata à vela a fazer a "Carreira da Índia". Andei até o elevador da Boca do Vento (foto) e subi para o centro histórico de Almada. Almocei
na Casa da Cerca - Centro de Arte Contemporânea vendo Lisboa do outro lado do rio. Uma delícia de passeio. Na
volta, perto do cais, há o Mercado da Ribeira, local badalado e cheio de restaurantes.
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