Lisboa, sua linda! - abril de 2017

Lisboa é uma cidade bonita, pequena, segura, fácil de se locomover, fácil de gostar e mais fácil ainda de engordar - ou, no meu caso, de estourar todas as taxas. Afinal, quem resiste aos pasteis de nata? Ah, não ligou o nome à guloseima? É o pastel de Belém, pois.

Uma semana em Lisboa não é muito tempo, porém, mais do que isso voltaria rolando. É pouco tempo se você quiser explorar mais a gastronomia, dado que você percorre a cidade facilmente, escolhendo um rumo por dia. Fui com minha mãe e achamos foi tempo suficiente para passear, comer bem e visitar lugares lindos e históricos.

Dividimos a estada em cinco dias na cidade e dois em seus arredores, para os quais dedicarei outro texto. Entretanto, ficamos sempre no mesmo hotel, pois os passeios foram tipo bate-volta.

O ônibus turístico tipo hopon hop off é uma das melhores invenções holísticas da humanidade! Você compra o tíquete para um ou mais dias e fica rodando pela cidade, desce em alguma parada que te interessa, aproveita durante o tempo que desejar, depois espera outro ônibus da mesma rota, embarca e assim por diante. E, de bônus, há fones para você escutar sobre cada região em que ele passa e/ou para.

Dia 1 - fomos pela linha Oriente (azul)ao longo do Rio Tejo até o Parque das Nações, que foi o anfitrião da Expo 98, parte mais moderna da capital; vimos o Zoo, o Casino, e o Oceanário, mas não descemos lá. Foi o dia de chegada e estávamos exaustas. Deixamos o ônibus nos levar sem pressa para nada. Momento de curtir a cidade e observar sua arquitetura e ruas. Descemos em um dos lugares mais legais e turísticos da cidade: a Praça do Comércio. Lá almoçamos especialidades portuguesas, visto que era domingo de Páscoa: bacalhau e vinho. Dali, andamos um pouco e voltamos para nosso transporte para turistar pelo resto dia.

Dia 2 - fomos pela linha Belém (vermelha),  rota de outros pontos mega turísticos: Mosteiro dos Jerônimos, Padrão dos Descobrimentos e Torre de Belém. Muito bom e lindo. Não fomos à famosa loja (sempre lotada) dos pastéis porque fôramos em 2011. Mas, se você quiser ir, ela fica muito perto do Mosteiro. Almoçamos em outro ponto, depois turistamos mais. Nesse dia, jantamos na Praça do Rossio e de lá fomos a pé até a Praça do Comércio, via Rua Augusta. Essa rua é deliciosa de dia e de noite, pois é cheia de lojas, cafés e restaurantes. Paramos para comer a sobremesa, um certo pastel de nata. Curtimos as vitrines das lojas já fechadas, mas não resistimos e compramos quinquilharias nas lojas dos indianos. Chegando à praça voltamos de táxi para o nosso hotel, que, aliás, era bem localizado: na Praça Marquês de Pombal.

Dia 3 - fomos de táxi para o Oceanário. Aqui um parêntese antes de falar dos passeios: Lisboa tem uma excelente linha de metrô, porém, como o táxi não é caro (distâncias curtas variaram de 5 a 11 Euros) e a turista-mãe, apesar da disposição de uma garota, tem os joelhos de 84 anos, optamos por não gastar as pernocas nas escadas. O oceanário é fantástico! Vale a pena demais e a lojinha deles é uma perdição com tantas coisas fofinhas. Dali fomos ao Museu Calouste Gulbenkian cujo acervo nos encantou. Almoçamos por lá mesmo. Depois, rumamos para El Corte Ingles, afinal, turistar também inclui ver "os lojinhas", né!?

À noite, fomos ao Clube de Fado com excelentes músicos e cantoras. Muito bom! A estrutura do restaurante também é boa.

Dia 4 - fomos a pé da Praça Marquês de Pombal até a Praça do Comércio, passando pela lindíssima Avenida da Liberdade, Praças do Rossio e Restauradores e Rua Augusta. Fomos bem devagar, parando, sentando, tomando café, fazendo pipi e assim por diante. Na Rua Augusta teve paradinha básica para comer o Pastel de Bacalhau com Queijo Serra da Estrela acompanhado de uma tacinha de Vinho do Porto. Tinha cara e gosto de bolinho de bacalhau, mas se o nome é pastel, não vamos brigar por isso. Até porque ele é tão maravilhoso que pode ter qualquer nome... Enfim, já perto da Praça do Comércio, há uma loja de bebidas e compramos um vinho do Porto para trazer. Na praça, há uma lojinha oficial de artigos lindinhos para presente. De lá, ainda com a disposição de meninas, andamos pela beira do rio até o Cais do Sodré e almoçamos. Táxi para o hotel e soneca, porque ninguém é de ferro!

À noite, encontramos minha querida amiga portuguesa, Ana, a qual conheci viajando pela Irlanda. Ela nos levou ao restaurante da Serra da Estrela, dentro do shopping Amoreiras. Sem comentários, pois, se ficar me lembrando do vinho e dos queijos, pego um avião agora!

Elevador para Almada, Ponte 25 de Abril e Lisboa ao fundo
Dia 5 - embarquei mamãe de volta para o Brasil e fiquei mais um dia em Lisboa até voar para Nice, o que também vale outro texto. Do aeroporto de Lisboa, fui de ônibus comum até o cais do Sodré e fui de barco para Cacilhas, lugar fofo e cheio de restaurantes especializados em frutos do mar. Não deixe de ver a Fragata D. Fernando II e Glória, datada do século XIX, foi a última fragata à vela a fazer a "Carreira da Índia". Andei até o elevador da Boca do Vento (foto) e subi para o centro histórico de Almada. Almocei na Casa da Cerca - Centro de Arte Contemporânea vendo Lisboa do outro lado do rio. Uma delícia de passeio. Na volta, perto do cais, há o Mercado da Ribeira, local badalado e cheio de restaurantes.


Em 2011, fomos em uma excursão que percorreu Lisboa, Porto, Fátima, Óbidos, Braga, Sintra e Cascais. Foi muito bom também, mas ficar na cidade uma semana inteira foi delicioso. Recomendo Lisboa com tempo para curti-la, com tempo para degustar um café com pastel de nata e/ou um pastel de bacalhau com vinho, no mínimo...

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