Depois que experimentei o "pirógui"[1],
não pedia outra coisa que não ele nos restaurantes poloneses.Contei isso para
a turma da excursão durante o jantar de comida e músicas típicas:
- Minu, foram três "piróguis" em dois
dias! - disse eu às gargalhadas para a “ídala” do grupo, a senhora mega gente
boa de 84 anos. Um detalhe: Minúscula é o seu nome e, segundo ela, a falecida
irmã chamava-se Maiúscula!
- Menina, como você é gulosa! –
respondeu divertida.
- Ai, eu também gostei desse tal de "pirósqui" – retrucou outra querida do grupo.
- Ilka, é "pirógui"... – corrigi eu o
lapso da amiga.
...
Ah, a Polônia! Estive lá em 2012, mas
não me canso de relembrar os fatos mais engraçados vivenciados em tão simpático
e belo país.
...
O banco está no canto à direita. |
O centro antigo de Varsóvia é lindo e, chegando lá, há um banco de praça que toca uma música de Chopin (lê-se Chopân e
não chopinho, seus bebuns!). O guia nos posicionou em volta do retângulo de
metal e, fascinado, o colocou para funcionar. Adivinhem quem “pagou o mico” de
dançar na rua com ele?
...
A senhorinha viajava sozinha assim
como eu e, vez por outra, viajávamos lado a lado no ônibus da excursão. Ela dormia
horrores durante todo o trajeto porque tomava remédios fortes, segundo nos
contou. Em uma parada de “pipi stop”, ela acordou assustada e me falou:
- Nossa, dormi demais. Espero não ter
falado dormindo.
- Ah, a senhora falou sim – disse a
sacana aqui, logo acrescentando. – A senhora falou “ai, que saudade do
pirógui!”.
O ônibus veio abaixo de tanto rir e ela, com cara de espanto,
perguntou:
- O que é isso?
Mais risos até que eu conseguisse
responder.
- É aquele pastel que a massa parece de
nhoque ....
- Ah, não conheço.
...
Mais uma vez o grupo estava reunido
em uma mesa de jantar e quem nos atendeu no restaurante foi um garçom lindinho.
No grupo havia a Beatriz, viúva mineira de Varginha, muito bem apessoada e
conservada, que se encantou pelo rapaz. Porém, ela não falava Inglês e me
chamou para traduzir algumas coisinhas para o belo.
- Gi, fala assim para ele: “ai, se eu
te pego” – pediu recitando o hit do momento.
Achei melhor não traduzir a música
literalmente e, além do mais, meu inglês não é tão sofisticado assim. Eu disse a ele:
Tirando casquinha do pão polonês! A Beatriz é essa de vermelho. |
- You are very nice![2]
Ele sorriu, ela se animou e me pediu.
- Gi, pergunta para ele se conhece a música – e cantou - “ai, se eu te pego”.
Sorri e repeti a ele.
- You are very nice!
Ele começou a rir, ela se empolgou,
continuou cantando e me pedindo para traduzir para ele. Repeti a frase acima cada
vez que ela cantava a música olhando para ele com olhar sedutor até que ninguém
mais pudesse respirar de tanto rir. Por fim, ela pediu emocionada.
- Ai, Gi, pede para ele falar que ama
a minha cidade.
-
Please, tell to her: I love Varginha.[3]
-
Yes, I love Vargina![4]
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