Após cinco anos viajando
para a Europa nas férias, finalmente conheci Nova Iorque em maio de 2015. Adiei
essa viagem por vários motivos: tinha preguiça de tirar o visto (para
brasileiros envolve algumas etapas chatas), não me identifico com a cultura
americana e adoro a Europa. Além do mais, diferente das cidades europeias, que
me encantam com sua História, sua arquitetura e seus museus, achei que a cidade
americana nada me acrescentaria. Entretanto, vários amigos garantiram que havia
excelentes museus lá e que eu veria os Impressionistas que tanto amo. Faltava
ainda saber sobre a História e a arquitetura para me convencer a entrar em um
avião e voar por dez horas rumo aos Estados Unidos e não para a Europa. Eu
havia lido recentemente a trilogia O Século, de Ken Follett, que abrange as
duas Guerras e a Guerra Fria, o que me deu uma boa noção sobre o país que só
conhecia dos filmes. E foi exatamente um filme, King Kong, que me fez ter uma ideia da arquitetura da cidade: o Empire State Building é glamouroso (foto). Bom,
convencida de que teria algo a me acrescentar além de hambúrgueres e de filmes
de ação, decidi conhecer a cidade que nunca dorme.
Costumo dizer que tenho Arte
correndo nas veias porque sou filha de dois estudantes de Belas Artes que
sempre me levaram a museus e minha casa sempre esteve repleta de livros sobre o
tema. Impossível descrever a emoção que sinto a cada vez que vejo uma obra de arte
ao vivo depois de tanto tempo vendo-a nos livros. Foi assim no Louvre, no Museu
Rodin, no L’Orangerie, no Musée
d'Orsay, no Museo Del Prado, no Vaticano e na Galeria Uffizi. E, ótima
surpresa, foi assim no The Metropolitan Museum of Art e no MoMa (Museum of
Modern Art) também! O acervo do primeiro é imenso e abrange cerca de
quatrocentas mil obras de arte do século XVIII ao XX. Há
obras de Goya, Manet, Velázquez, Cezanne, Van Gogh, Gauguin, entre outras
maravilhas que encantam através dos tempos. O MoMa tem acervo menor, não menos
interessante, mas suas obras são sobretudo do século XX. Lá estão algumas obras
de Van Gogh e Monet e dos mais modernos, como Picasso, Braque, Matisse, Polock,
Magrite, Modigliani, Mondrian, Duchamp, até chegar ao pop Andy Warhol. Há
também exposição de objetos de Design e seu jardim abriga esculturas de Rodin e
Picasso, entre outros.
Meu amor pela Arte e pela
Historia tem me levado a países com museus (França, Espanha, Itália) e/ou com
roteiros sobre algo que li em algum livro ou que vi em algum filme (Leste
Europeu, Alemanha, Inglaterra, Irlanda, Portugal). Fui para Nova Iorque especialmente
para conhecer o Metropolitan Museum e sua coleção de Impressionistas e, claro, amei.
A ida a esses dois museus
valeu a viagem sem contar que a cidade é ótima como um todo. Fácil de andar, muita coisa para
ver e boa para o consumo. Por que não? Mas
meu olhar procura Beleza por onde passa e a encontrou na arquitetura também. Como
disse, o Empire State é glamouroso e nos remete aos anos 30. Há vários
edifícios como ele em estilo Art déco
como o complexo Rockfeller Center, o qual possui uma obra de arte (em frente ou
na fachada) em cada uma das entradas dos prédios que o compõe. O consumo está
em toda parte, é seu leitmotiv, e há
quem só veja isso, uma pena, porque a cidade tem seu charme.
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