Interações

Fui visitar minha prima sagitariana que mora em São Paulo* e, como era esperado, falamos sem parar, rimos de tudo (e olha que ela estava se recuperando de uma cirurgia no joelho) e obviamente interagimos com várias pessoas durante minha estada de três dias. Daí o nome dessa crônica!

Interação 1

Contexto: saí do aeroporto de Congonhas para a casa de Mônica, em Campo Belo, de taxi.

- O dia está ótimo, né?! – eu comentei com o motorista.

- Sim, está muito bom. Fez muito frio semana passada, mas agora o tempo está bom.

- Eu soube! O senhor acredita que, sempre que venho a São Paulo, a frente fria vem atrás de mim?

O motorista, um japonês com cara de reservado, não teve alternativa a não ser rir do meu comentário. Senti-me a vontade para continuar minha interação, ou melhor, minha tagarelice (sobrenome dessa crônica!).

- Pois é, toda vez que digo que venho a São Paulo, a frente fria me escuta e vem também. Dessa vez escapei! – comecei a rir, pois é sabido que sagitarianos riem das próprias piadas.

Para sorte dele, o trajeto era curto e desci sorridente no endereço dela. A foto prova o tempo bom!



Interação 2

Contexto: Mônica e eu fomos almoçar no bairro Moema e, de lá, fomos para Vila Madalena num carro de aplicativo.

Comecei a fofocar com ela:

- Prima, tenho certeza de que esse cara com quem eu estava saindo ano passado também estava de olho nessa mulher que está com ele hoje!

- Será? Como você sabe? – ela perguntou curiosa.

- Intuição e liguei uns pontos...

Continuei a fofoca com ela, a qual não interessa aos meus seis ou sete leitores! Ao final, Mônica se vira para o motorista e diz:

- Moço, desculpa, mas homem não presta mesmo!

O motorista começou a rir. E ele tinha opção? Ela continuou a interação:

- O senhor é casado?

Ele ficou sem graça, mas respondeu que sim. Comentamos mais algumas coisas até que, para sorte dele, chegamos ao destino.

Interação 3

Contexto: Mônica e eu voltamos de Vila Madalena para Campo Belo. Lembrei-me de outra fofoca de alguém que ela também conhece:

- Prima, sabe o fulano? Pois é, do nada, uma mulher que não conheço me mandou mensagem via Instagram, para a minha conta que é aberta, falando que conhece ele...

- Ué, a amiga dele te mandou mensagem? Como ela te achou no Instagram?

Nisso, o motorista riu. E nós duas:

- Moço quer saber da fofoca?

- Quero! – ele respondeu divertido.

Expliquei a ele que tenho uma conta fechada pessoal e outra aberta que é de escritora, Gigi das Candongas, nome do blog. Ele achou bacana e eu continuei:

- Ela deve ter visto que eu o marquei lá no outro Instagram pessoal, que é fechado, e deve ter pesquisado todas as contas que ele segue e me achou no perfil aberto.

- Que confusão? Essa amiga queria saber o que exatamente?

- Amiga não, né... Ela tentou saber se eu e ele tínhamos um caso!!! Ficou falando de umas viagens que ele disse que ia fazer com amigos e blá blá blá. Ah, também mandou fotos dos dois juntos! No final, disse assim: espero que você seja só amiga mesmo, pois sou cristã e detesto mentiras!

- Caramba, tirando satisfação! E o que você respondeu? – perguntou Mônica.

- Eu disse: deixa eu entender uma coisa. Você é cristã e tá querendo saber da vida de um homem casado? Certamente ele não mentiu sobre isso.

- Moça, essa mulher não sabia que ele era casado! – o motorista conclui.

- Será?

Mônica e eu perplexas com a conclusão dele, continuamos a discutir sobre o caso, até que no final da corrida, eu disse:

- Moço, me segue no Instagram porque vou escrever uma crônica e te mandar!

Ele está me seguindo e vai receber esse texto daqui a pouco!

 

 

 

 

*Já falei sobre ela na crônica “Chip desbloqueado”, de 10 de março de 2023.

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