A bolsinha viajada // The small travel purse

 O nome dessa crônica seria A bolsinha rodada, mas, pessoa antiga que sou, achei melhor não arriscar um trocadilho com “rodar bolsinha” considerando que sou fã do criador do artefato (na foto 1).

Aliás, prometi a ele que escreveria essa crônica em setembro de 2021, época em que o conheci pessoalmente (foto 2).

Entretanto, naquela ocasião, estava terminando de escrever meu terceiro livro e, depois de terminá-lo, me deu um vazio e uma saudade dos personagens... Sim, além desses textos curtinhos, e por vezes gaiatos, escrevo livros.

Terminando os prolegômenos – adoro essa palavra, que pode ser sinônimo de preliminares -, vamos à história.

foto 2
foto 1











Carolina e eu estávamos vendo vitrines e procurando um lugar para tomar café em Ipanema, quando resolvemos entrar na loja do Gilson Martins. Para quem não associou o nome à pessoa, ou à marca, ele ficou conhecido pelas bolsas com a bandeira do Brasil (na foto2, elas estão no canto direito).

Minha amiga não conhecia o trabalho dele, logo, fomos andando pela loja enquanto eu dizia a ela:

- Amiga tenho essa daqui ó, que uso pra caminhar. Ah, tenho esse modelo também...

Após percorrer toda a loja, um rapaz de máscara parecia sorrir para nós. Eu o achei familiar e perguntei:

foto 3
- Você é você?

Ele riu e respondeu:

- Depende. Quem você acha que eu sou?

- Olha, se você for você, ficarei muito feliz em te conhecer.

Assim, conheci o Gilson Martins, criador das bolsas que adoro. Conversamos, tiramos foto e ele me pediu para gravar um depoimento (publicado no Instagram dele) no qual eu conto que, em toda e qualquer viagem que faço, levo a tal bolsinha viajada comigo para colocar moedas.

Tá, mas por que prometi a crônica? Porque, quando conheci as peças criadas para casa (Gilson Home), apaixonei-me por uma almofada, comprei e pedi autógrafo (foto 3). E, como ele nunca havia autografado uma almofada, achei que esse encontro daria uma crônica.

Não posso terminar esse texto sem comentar quem é a amiga Carolina, testemunha desse encontro bacana e parceira de outras histórias engraçadas. Ela é de Belo Horizonte, MG, e a conheci viajando (com a amiga Manúcia) para o leste europeu em 2012*. A mineira Carolina negociando com vendedores por gestos durante a viagem, pois inglês não é seu forte, daria textos hilários, contudo vou contar um episódio que aconteceu há uns anos aqui no Rio de Janeiro.

Quem conhece mineiros, sabe que falam rápido e juntam palavras (dodileite, oncotô, bomdimaisdaconta, couvebempicadim etc.), porém Carolina não foi tão rápida quanto o vendedor de esfirras na praia:

- Moço, tem de que? – ela pergunta.

- Frango, espinafre, carne e queijocorega.

- O que? Pode repetir?

- Frango, espinafre, carne e queijocorega.

- Amiga, o que é queijo corega? – ela se intriga.

- Carol, é queijo com orégano... – eu esclareço.

 

 

*comentei sobre essa viagem quando falei de outros amigos, Jonas e Caetana, de Brasília, na crônica: As moitas, publicada em 9/7/19.

++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++

The small travel purse

The name of this chronicle refers to a small purse of coins that I take with me on international trips (photo 1).

By the way, considering that I am a fan of the creator of the artifact, I promised him that I would write this chronicle in September, 2022, when I met him in person (photo 2). However, at that time, I was finishing writing my third book and, after finishing it, I felt a void and a longing for the characters... Yes, in addition to these short texts, and sometimes funny ones, I write books.

Carolina and I were window shopping and looking for a place to have coffee in Ipanema when we decided to enter Gilson Martins' store. For those who did not associate the name with the person, or the brand, he became known for the bags with the Brazilian flag (in photo 2, they are in the right corner).

My friend didn't know his work, so we walked around the store while I said to her:

- Friend, I have this one, which I use when I go for walks. Oh, I have that model too...

After walking through the entire store, a guy in a mask seemed to smile at us. I found him familiar and asked:

- You are you?

He laughed and replied:

- It depends. Who do you think I am?

- Look, if you are you, I would be very happy to meet you.

So, I met Gilson Martins, creator of the bags I love. We talked, took a picture and he asked me to record a statement (published on his Instagram) in which I tell him that, on every trip I take, I take that purse with me to put coins.

Okay, but why did I promise the chronicle? Because, when I discovered the pieces created for home (Gilson Home), I fell in love with a pillow, bought it and asked for an autograph (photo 3). And, as he had never autographed a pillow, I thought this meeting would make a chronicle.

Note: I finished the text without saying who Carolina is. She is a friend from Belo Horizonte, a city in the state of Minas Gerais. I didn't translate the whole text because there are expressions spoken in Minas Gerais, which are impossible to translate because the "mineiros" (those born in Minas Gerais) speak very fast and "stick" several words.



Comentários

  1. Amiga, parabéns pela excelente crônica e estou muito feliz por participar dessa história.👏👏👏👏
    Foi um dia muito especial e de boas risadas !!!!

    Amei😍😍😍

    ResponderExcluir
  2. Adorei sua companhia nesse dia! Que venham mais histórias! Bjos

    ResponderExcluir
  3. Essa almofada autografada é um luxo só!

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Deixe seu comentário, dica ou sugestão. Leave your comment, tip or suggestion.