Eufrásia e as aulas de culinária

Eufrásia*, a gorda que me habita, me convenceu a fazer aulas de culinária. “Boa ideia!”, pensei, “afinal, não levo muito jeito na cozinha”**. A escolha acertada foi combinar com a personal cooker Marcela Quaresma de ir à minha casa para me ensinar ao vivo e a cores algumas receitas. Como Eufrásia me faz o favor de ter as taxas altas (colesterol e triglicerídeos), escolhemos receitas bem leves, sem gordurebas ou gordices. Sim, o mundo é mau.
Funciona assim: ela me passa a lista dos ingredientes, eu os compro com antecedência e, quando ela chega à minha cozinha, ataca-os equipada de facas afiadas, medidores e panelas. Realmente ela leva jeito para o negócio, enquanto eu deixo cair coisas no chão e tenho ataques de riso!!! 
Enfim, depois de algumas aulas, durante o feriado do Carnaval me aventurei a fazer sozinha as receitas ensinadas por ela. Eu tenho as receitas bem anotadinhas, vi o modo de fazê-las e comprei tudo antes para não faltar nenhum ingrediente em pleno feriado.
Fotografei cada receita feita pela Marcela nas aulas e também as minhas experiências arriscadas durante os quatro dias de Momo e separei as fotos em EXPECTATIVA (aulas) e REALIDADE (o que eu fiz). Divirtam-se!

Expectativa:
recheio aberto de legumes
 e claras em neve
Realidade: 'omelete' com dois
morrinhos de legumes
A torta de massa funcional leva, dentre outras coisas, farinha de arroz, a qual (fuén fuén) deu bicho!!!. Afe, passado o desespero, lembrei que tinha Maisena em casa. Não, espera, tem pouca! Ah, não! Resultado: massa molinha molinha...
Isso não foi nada se comparado ao recheio aberto: eu não achei couve-flor no mercado e coloquei cenoura ralada – realmente são legumes muito parecidos. 
E só piora: o que era para ser clara em neve virou uma omelete durinha durinha... É que tive um pequeno problema em acertar o ponto 'em neve': quebrei a casca do ovo com um pouquinho de força e caiu gema na clara. Eu ia ficar a tarde inteira tentando fazer 'neve' porque não sabia que a clara não podia ser 'contaminada' com a gema (aliás, nem com uma gota d'água). Enfim.... Desisti do tal ponto e foi desse jeito mesmo... Realidade: massa molinha embaixo e recheio durinho em cima.


Realidade: murchinho
 e esfarelado 
Expectativa: bolo
 fofinho
O bolo de banana tudibom também sofreu com a falta da farinha de arroz e ganhou um pouquinho da Maisena. Ele leva farinha integral, o que superou o trauma, mas ficou um pouco esfarelado. Até aí, tudo bem... O problema foi que abri o forno depois de 10 minutos para misturar (na forma mesmo) as passas brancas e as castanhas que eu esquecera em cima do armário. Na foto as passas aparecem pretas porque, as que não se misturaram na massa, torraram.

Quando contei isso para a Marcela, ela quase enfartou, mas como é forte e saudável, superou a notícia e, em tom professoral, me explicou que “só depois de 30 minutos é que pode abrir o forno para ver o bolo, por isso é que existe a luz dentro do forno”.  Ahhhhhhhhhhhh tá!


*Ela foi apresentada aos leitores aqui no texto de 5/7/15.
**Essa afirmação pode ser comprovada no texto de 13/11/15.



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